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Tribunal criminal em Manhattan, onde Trump foi considerado culpado por um júri no caso Stormy Daniels em maio
Tribunal criminal em Manhattan, onde Trump foi considerado culpado por um júri no caso Stormy Daniels em maio| Foto: EFE/EPA/SARAH YENESEL

A promotoria de Manhattan defendeu nesta terça-feira (19) que a condenação criminal do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, seja mantida, mas admitiu o adiamento do anúncio da sentença para que os advogados do republicano apresentem contestações e o Ministério Público possa responder a elas.

Segundo informações da CNN, os promotores enviaram uma carta ao juiz do caso, Juan Merchan, para manifestar essa posição.

“Nenhuma lei atual estabelece que a imunidade temporária de um presidente contra processos exige a rejeição de um procedimento criminal pós-julgamento que foi iniciado em um momento em que o réu não estava imune a processo criminal e que é baseado em conduta oficial para a qual o réu também não está imune”, alegou o Ministério Público.

Após alguns adiamentos, Merchan deveria anunciar nesta terça-feira se manterá a condenação de Trump, à luz de uma decisão do início de julho da Suprema Corte dos Estados Unidos.

A instância final do Judiciário americano conferiu imunidade parcial a presidentes e ex-presidentes americanos por “atos oficiais” durante seus mandatos e os advogados de Trump alegam que o processo de Nova York deveria ser extinto em razão disso – argumento que ganhou força com a eleição dele para voltar à presidência este mês.

Os promotores são contrários a essa posição e sugeriram que Merchan estabeleça um prazo até 9 de dezembro para apresentação dos argumentos da defesa de Trump.

“A promotoria respeita profundamente o gabinete do presidente, está ciente das demandas e obrigações da presidência e reconhece que a posse do réu levantará questões legais sem precedentes. [Mas] nós também respeitamos profundamente o papel fundamental do júri em nosso sistema constitucional”, alegou o MP.

No final de maio, Trump foi considerado culpado por um júri em Nova York em 34 acusações de que teria fraudado registros das suas empresas para ocultar um pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels, para que ela não revelasse antes da eleição de 2016 um relacionamento que ambos supostamente tiveram dez anos antes.

Após o veredito, Merchan havia afirmado que a sentença de Trump seria anunciada em 11 de julho, mas adiou o anúncio para 18 de setembro, devido à decisão da Suprema Corte. Depois, estipulou outro adiamento para 26 de novembro, com a condicionante de que anunciaria antes se a decisão da Suprema Corte levaria à anulação do processo.

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