O Exército dos EUA afirmou nesta quarta-feira (19) que irá pedir a pena de morte para o soldado Robert Bales, acusado de massacrar 16 civis afegãos em março.

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Os assassinatos, cometidos em duas vilas no sul do país, num espaço de tempo de cinco horas, fez com que os EUA fossem obrigados a suspender temporariamente as operações militares no país, devido aos protestos que se seguiram.

Promotores afirmam que Bales saiu de sua remota base na província de Kandahar na madrugada de 11 de março, atacou uma vila, retornou à base e então deixou novamente a posição para atacar os moradores de outro local. Nove dos 16 mortos eram crianças.A corte marcial deve acontecer em uma base militar no Estado americano de Washington, ao sul de Seattle, onde o sargento está detido, mas a data ainda não foi marcada.

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A defesa de Bales aponta inconsistências nos testemunhos das audiências pré-julgamento usadas pela argumentação da promotoria e sublinha que, em incidentes anteriores ao massacre, o réu apresentou temperamento agressivo. Considerando ainda que era a quarta vez que Bales havia sido convocado, é esperado que a defesa argumente que o réu sofra de desordem de stress pós-traumático.

Promotores, por sua vez, afirmam que, após sua detenção, o sargento demonstrou ter "uma memória clara do que ele havia feito, e consciência de ter agido errado".

Diversos soldados declararam ter visto Bales voltando para a base sozinho, de madrugada, coberto de sangue, dizendo frases incriminatórias, como "Eu pensei que estava fazendo a coisa certa".