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Enriquecimento ilícito

Promotoria pede prisão de prefeito opositor na Venezuela

Manuel Rosales chega para um evento em Maracaibo: candidato à presidência nas eleições de dezembro de 2006 | Isaac Urrutia / Reuters
Manuel Rosales chega para um evento em Maracaibo: candidato à presidência nas eleições de dezembro de 2006 (Foto: Isaac Urrutia / Reuters)

A Promotoria Geral da Venezuela acusou o líder opositor e prefeito de Maracaibo, Manuel Rosales, por enriquecimento ilícito e solicitou nesta quinta-feira (19) a prisão preventiva dele. Rosales respondeu afirmando que a ação responde a "uma ordem" do presidente Hugo Chávez. Rosales foi candidato à presidência nas eleições de dezembro de 2006, quando perdeu por larga margem para Chávez. Ele foi eleito prefeito de Maracaibo nas eleições regionais de novembro.

A promotora Katiuska Plaza afirmou que apresentou a um tribunal a acusação contra Rosales, relativa ao período em que ele foi governador do Estado de Zulia, entre 2002 e 2004.

A Promotoria Geral informou em comunicado que o processo contra Rosales se baseou em um informe que ele apresentou em julho de 2007 à Controladoria Geral, sobre a declaração jurada de patrimônio que realizou como governador. "Esse informe, remetido ao Ministério Público em 14 de agosto de 2007, concluiu que Manuel Rosales registrou fundos que não pôde justificar ante o órgão controlador", sustenta o texto. Rosales rechaçou a ação da promotoria e sustentou que o processo responde a "uma ordem de Chávez". "Querem me calar, querem me silenciar, querem me silenciar, querem me tirar da política", afirmou ele à imprensa durante um ato em Maracaibo, concluindo que resistirá.

Rosales ainda chamou o presidente de "covardão", porque "se amarra às calças dos militares". Rosales foi duramente criticado na campanha regional passada por Chávez, que chegou a ameaçar prendê-lo por ser um "ladrão".

A Assembleia Nacional, dominada por aliados do governo Chávez, abriu uma investigação contra o prefeito. No início do mês, a Promotoria Geral citou Rosales, para imputá-lo por corrupção.

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