O Ministério Público da Rússia solicitou mais 20 anos de prisão para Alexei Navalny, líder da oposição ao presidente Vladimir Putin, nesta quinta-feira (20).
O ativista político, que já está encarcerado desde 2021, quando foi sentenciado a oito anos de prisão por fraude e desacato às autoridades, é agora acusado de financiar e instigar ações extremistas e criar uma organização ilegal chamada Fundo de Luta Contra a Corrupção (FBK).
O pedido da procuradoria inclui a solicitação de que a pena seja cumprida em uma prisão de regime rigoroso, com direito a apenas três visitas, duas delas curtas, e o recebimento de apenas uma encomenda por ano. Caso a nova sentença seja confirmada, Navalny pode permanecer quase três décadas na cadeia.
Segundo a Reuters, em sua declaração final no julgamento, o líder oposicionista reforçou sua posição de "lutar contra o mal", que, para ele, é o poder autoritário do Estado russo, comandado por Putin. Ainda afirmou que todas as acusações contra ele são políticas.
O julgamento teve início em 19 de junho na prisão de Vladimir, a cerca de 200 quilômetros de Moscou, e foi realizado a portas fechadas.
Além de Navalny, a acusação também pediu dez anos de prisão para Daniel Kholodny, ex-diretor técnico do canal Navalny LIVE, na mesma ação.
O líder opositor condenou nas redes sociais a "guerra criminosa" conduzida na Ucrânia por Putin, a quem acusou de ter enviado milhares de russos "para o matadouro".
Em novembro de 2022, os tribunais rejeitaram um recurso dos advogados de Navalny e mantiveram a sua sentença de oito anos de prisão por fraude e desacato.
Segundo um comunicado publicado pelos apoiadores do ativista nas redes sociais, o veredicto do novo processo deve ser anunciado em 4 de agosto.
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