O governo da Argentina apresentou no último fim de semana um vídeo que insinua uma ameaça de retirar as concessões do Grupo Clarín, maior empresa de comunicação do país e única que se opõe diretamente à presidente Cristina Kirchner. O anúncio faz referência ao dia 7 de dezembro, em que o grupo terá que retirar os investimentos para se adequar à Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, conhecida como Lei de Meios, aprovada em 2009.
As imagens foram exibidas desde sábado nos canais de TV afins ao governo e durante os jogos da rodada do Campeonato Argentino, cujos direitos de transmissão foram comprados pelo Estado.
A propaganda provocou reações fortes do grupo de imprensa, responsável pela edição dos jornais "Clarín" e "Olé" e das emissoras Canal 13, o maior canal aberto argentino, e TN, o mais importante canal de notícias do país.
No domingo (23) foi lançado um anúncio em resposta, dizendo que não aconteceria nada ao grupo no dia 7 de dezembro e insinuando que a presidente Cristina Kirchner poderia fazer alguma medida por decreto, o que seria considerado ilegal.O Grupo Clarín ainda possui uma liminar que não o obriga a fazer a retirada até 7 de dezembro e enquanto a Justiça argentina não emitir uma decisão definitiva.
A companhia afirmou que pretende recorrer à decisão da retirada dos investimentos apresentados, que é encarada pela empresa como inconstitucional.
Intervenção
Na edição desta segunda-feira (24), o jornal "La Nación" informa que o governo planeja intervir nas licenças do Clarín antes do dia 7 de dezembro para que sejam do Estado. O principal alvo é a operadora de TV por assinatura Cablevisión, que tem 60% dos contratos de assinatura do país e é o principal negócio do grupo.
Em caso de intervenção, o Estado poderia mudar a grade de canais e retirar emissoras como a TN e o Canal 13, que ainda se mantêm independentes ao governo.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião