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O candidato ao Senado da Itália Walter Petruzziello – que ocupa uma cadeira do Conselho Geral dos Italianos no Exterior – diz conhecer a solução para a espera infindável dos descendentes que pedem reconhecimento da cidadania italiana. Ele quer simplificar o trâmite de documentos e reforçar a estrutura de atendimento aos imigrantes.

"Os consulados enfrentam grave falta de funcionários. No caso de Curitiba, há mais de 40 mil pessoas esperando o reconhecimento da cidadania, mas a estrutura de atendimento é a mesma de quando havia 3 mil inscritos", afirma. Além disso, ele defende que não é necessário que todos os documentos solicitados sejam traduzidos para o italiano, como Roma exige. Em sua avaliação, as autoridades deveriam analisar os papéis resgatados e emitir um certificado de ascendência em italiano.

"Não deveria ser necessário comprovar vida e morte de tantos ascendentes em documentos traduzidos. Hoje, os imigrantes precisam apresentar muitos papéis desnecessários", constata.

Em sua avaliação, a legislação que prevê o reconhecimento da cidadania dos imigrantes precisa ser obedecida, para o próprio bem da Itália. "Esses estrangeiros mandam milhões de euros para a Itália todo ano."

A ampliação do número de italianos no exterior não comprometeria a segurança da Itália, supõe. Para Petruzziello, a simplificação não vai reduzir o rigor na conferência dos documentos. Além disso, ele considera que terroristas que falsificassem documentos podem simplesmente falsificar passaportes.

O advogado afirma que, quando a Itália quiser suspender o reconhecimento da cidadania dos imigrantes descendentes de italianos, deverá aprovar uma lei para isso. A seu ver, a tarefa é relativamente simples. "Bastaria fixar uma data limite, com um ano de antecedência. Quem nascesse a partir desse dia, não seria mais italiano, mesmo sendo neto ou bisneto de pessoas naturais da Itália." Até lá, defende, a dificuldade para o reconhecimento da cidadania continuará representando um problema para o cumprimento da legislação da Itália.

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