• Carregando...
biden
Presidente dos EUA, Joe Biden| Foto: Bigstock

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou nesta sexta-feira (28) a proposta de orçamento do governo americano para o ano fiscal de 2022, que começa em outubro. O plano, que requer aval do Congresso, mobiliza US$ 6 trilhões e prevê déficit fiscal de US$ 1,84 trilhão, uma queda em relação a US$ 3,67 trilhões em 2021.

A solicitação de orçamento do presidente Biden projeta que o peso da dívida dos EUA atingirá seu nível mais alto na história este ano, superando o recorde anterior da Segunda Guerra Mundial.

Em 2021, de acordo com o orçamento de Biden, a dívida dos EUA chegará a 109,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, o que ultrapassaria o recorde anterior de 106,1%, registrado no momento em que os EUA saíam da Segunda Guerra Mundial. Em seguida, a estimativa é que a dívida ultrapassará o recorde a cada ano durante a próxima década, atingindo 117% do PIB em 2031.

Embora seja verdade que Biden herdou um alto nível de dívida como resultado da pandemia e do fluxo contínuo de aposentadorias que aumentaram os gastos com direitos, a gastança de Biden está exacerbando o problema. Ele assinou um projeto de lei de "alívio da Covid" de US$ 1,9 trilhão em março, embora a pandemia estivesse diminuindo e o Congresso já tivesse gasto US$ 4,1 trilhões na pandemia. Ele agora está propondo US$ 4 trilhões adicionais em gastos apenas este ano.

No geral, o orçamento de Biden prevê gastos de US$ 69,2 trilhões na próxima década, o que representa US$ 8 trilhões a mais do que os US$ 61,2 trilhões em gastos que o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) projetava em fevereiro, poucas semanas após o democrata assumir a presidência.

Quando os EUA emergiram da crise da Segunda Guerra Mundial, a Previdência Social estava em sua infância e o Medicare e o Medicaid ainda nem existiam. Os políticos de ambos os partidos fizeram um esforço concertado para pagar a dívida de guerra. Ainda assim, nas últimas décadas, ambos os partidos aumentaram constantemente a dívida, ignorando desafios de longo prazo do país e, à medida que saímos desta crise, Biden está jogando fora toda a cautela.

Há alguns que defendem uma nova escola de economia que afirma que altos níveis de dívida não importam. Estamos entrando em uma era sem precedentes na história americana que colocará essa premissa à prova.

©2021 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]