O escândalo das festas do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, continua dando o que falar. Ao menos quatro mulheres confirmaram que cobraram para participar de eventos no palácio Grazioli, residência oficial em Roma, e na Villa Certosa, mansão do premier na Sardenha. Uma das mulheres pediu para deixar a Itália temporariamente porque teme por sua segurança, informou o jornal Corriere della Sera.
Patrizia D'Addario, prostituta e candidata municipal de Bari, fez as declarações durante um depoimento de cinco horas no Ministério Público da província de Bari. A mulher entregou à Justiça gravações de áudio e um vídeo feito em seu telefone celular. Nas imagens, ela aparece em uma quarto, na frente de uma foto de Verónica Lario, esposa do premier. No áudio, segundo ela, ouve-se a voz de Berlusconi.
O empresário Giampaolo Tarantini, de 35 anos, acusado pela prostituta de ser o mediador das visitas, está sendo investigado por corrupção e incentivo à prostituição. Tarantini contratava as mulheres e coordenava as festas com a equipe de Berlusconi. D'Addario e as outras três mulheres confirmaram ao Ministério Público que chegavam ao palácio romano em um carro com película de proteção e que eram orientadas a "usar roupas elegantes e pouca maquiagem". De acordo com o jornal, duas mulheres foram interrogadas em Bari e outra em Roma. Não há informação sobre a quarta mulher.
De acordo com a prostituta, ela receberia um pagamento adiantado de dois mil euros (cerca de RS$ 5.500) para a primeira noite, mas apenas mil euros foram pagos. A segundo vez que prestou serviços para Berlusconi foi no dia da eleição americana que deu vitória a Barack Obama. Ela contou que deixou o palácio na manhã seguinte.
Há pouco mais de uma semana, o jornal espanhol "El País" publicou uma série "exclusiva" de fotos de festas promovidas pelo premier italiano em sua mansão Villa Certosa. As imagens são de autoria do fotógrafo Antonello Zappadu, de 51 anos.
Após a publicação, Berlusconi afirmou que a edição constitui uma "violação da privacidade", embora sejam "fotos inocentes".
- Foi uma violação da privacidade, mas são fotos inocentes. Eu recebi uma delegação da República Tcheca e não é possível que uma pessoa a um quilômetro de distância se intrometa em uma situação e tire fotos do interior de uma casa. O direito à privacidade deve ser garantido, sobretudo, na presença de hóspedes ilustres - afirmou em entrevista feita por uma emissora de rádio do país.
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