Paris – Mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas na França ontem em uma manifestação sem precedentes contra o Contrato de Primeiro Emprego (CPE), segundo a polícia. Essa é a maior manifestação realizada na França desde o movimento de dezembro de 1995, que obrigou o então premier, Alain Juppé, a retirar seu projeto de reforma da previdência. Os manifestantes exigem que o governo revogue a polêmica lei.

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Uniões sindicais afirmavam ontem que 2,6 milhões de pessoas participaram dos protesto – um total de 135 estava previstos para ocorrer em toda a França.

Em Paris, a polícia utilizou gás lacrimogêneo e coquetéis molotov para dispersar os manifestantes. Os protestos forçaram o fechamento da Torre Eiffel para os turistas. Na cidade de Marselha, organizadores estimam que 250 mil pessoas participaram de manifestações. Em Grenoble, mais de 60 mil foram às ruas. Em Rouen, entre 18 mil e 40 mil pessoas foram às ruas. Em Nantes, outras 42 mil a 60 mil manifestantes registram forte presença popular.

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Transportes

A greve de ontem prejudicou o tráfego aéreo e os serviços de transportes públicos. Em Paris, o metrô operou com 70% da capacidade, fazendo passageiros esperarem longos períodos na estações.

Bancas de jornal permaneceram fechadas em muitas cidades. Trabalhadores dos correios e de outros serviços públicos também aderiram à greve.

No aeroporto de Lyon, no sul da França, cerca de 30 vôos foram cancelados e trens sofreram atrasos. O transporte público também foi prejudicado na cidades de Marselha e Bordeaux, no sul da França.