Sessenta pessoas ficaram feridas e 49 foram detidas esta quarta-feira (17) em consequência da repressão policial contra um protesto de vizinhos que são contra a ampliação de uma usina transformadora de energia por medo de contaminação no norte da Argentina, informou uma fonte policial.
Uma centena de agentes de polícia e infantaria reprimiu com tiros de borracha e bombas de gás lacrimogêneo moradores de um bairro de San Salvador de Jujuy (1.600 km ao norte de Buenos Aires) que resistem à instalação de uma linha elétrica da usina da empresa EJESA, segundo imagens exibidas pela televisão. Os manifestantes responderam atirando paus e pedras.
"Somos um grupo de vizinhos que não quer mais instalações de alta tensão no bairro, pois há anos pessoas morrem de câncer e outras doenças e as crianças têm graves problemas de crescimento", explicou à imprensa local Liliana Álvarez, uma das moradoras.
Ela afirmou, ainda, que "uns cem policiais com cães e cavalos chegaram cedo juntamente com os operários da empresa e dispersaram" os manifestantes que paralisaram o trabalho dos operários.
Após os incidentes, que se estenderam durante todo o dia, "49 pessoas foram detidas e alojadas em quatro delegacias", segundo uma fonte policial citada pela agência privada DyN.
O gerente geral da EJESA, Ricardo Aversano, explicou que no bairro Malvinas, o afetado pelas obras, se pretendia colocar "uma instalação de cem metros de linha de média tensão subterrânea" para poder alimentar um novo distribuidor e outros bairros de construção recente.
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