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Rio de Janeiro

Protesto contra visita do presidente do Irã reúne 300 pessoas em Ipanema

Manifestantes pediam ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que não faça acordos com o governo do Irã | AFP PHOTO/Eduardo Romero
Manifestantes pediam ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que não faça acordos com o governo do Irã (Foto: AFP PHOTO/Eduardo Romero)
Avião fez um sobrevoo na orla exibindo uma faixa que pedia que Ahmadinejad respeite os direitos humanos e não venha ao país |

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Avião fez um sobrevoo na orla exibindo uma faixa que pedia que Ahmadinejad respeite os direitos humanos e não venha ao país

Cerca de 300 pessoas, segundo a Guarda Municipal participaram na manhã deste domingo (22) de um protesto, na orla de Ipanema, na Zona Sul do Rio, contra a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil. Já os organizadores do evento calcularam em cerca de 1.500 o número de participantes.

Com roupas brancas e carregando bandeiras do Brasil, faixas e cartazes, e ao som de músicas de umbanda e candomblé, os manifestantes pediam ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que não faça acordos com o governo do Irã.

"Não somos contra a sociedade do Irã. Mas sim contra o presidente que nega o holocausto e promove a discriminação religiosa. O Brasil é o país da diversidade e estamos aqui reunidos para lutar pela paz", disse Michel Gherman, representante da comunidade judaica e um dos organizadores do movimento.

Sobrevivente do holocausto, Aleksander Laks, de 82 anos, disse que as declarações do presidente Ahmadinejad são uma ofensa aos mortos em campos de concentração e aos 50 mil que sobreviveram.

"O presidene do Irã deve ter família. Eu não. Perdi toda a minha família, cerca de 60 pessoas, no Holocausto. Como ele pode dizer que o Holocausto não existiu?" protestou Laks.

O grupo caminhou na orla no trecho entre as ruas Maria Quitéria e Farme de Amoedo. Ao meio-dia, se reuniram diante de uma gaiola com balões brancos, onde estava escrita a palavra "paz", fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas da intolerância, cantaram o Hino Nacional e soltaram os balões.

"Cada balão representa uma vítima da intolerância do governo do Irã com a sociedade e contra os direitos humanos. Temos esperança de o presidente Lula não receba dinheiro ou investimentos de um governo que não respeita os homossexuais, crianças, mulheres e outros religiosos", disse Gherman.

No sábado (21), quem foi à praia viu no céu um outro protesto, também contra a visita do presidente do Irã. O avião fez um sobrevoo na orla exibindo uma faixa que pedia que Ahmadinejad respeite os direitos humanos e não venha ao país.

O presidente do Irã chega ao Brasil na segunda-feira (23) para se encontrar com o presidente Lula. Os dois presidentes devem assinar acordos de cooperação em pelo menos oito áreas.

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