Pelo menos dez pessoas foram detidas pela polícia durante um protesto opositor realizado em Moscou nesta quarta-feira (12), quando é comemorado o Dia Nacional da Rússia.
O jornal russo Kommersant informou que um ultranacionalista e nove ativistas do ilegal movimento opositor Frente da Esquerda foram levados em veículos policiais logo após desfraldarem suas bandeiras, minutos antes da manifestação começar.
Segundo amigos dos detidos, a polícia "já tinha planejado" a prisão e o uso dos símbolos proibidos só foi um pretexto.
O portal "ovdinfo.org" relatou que um dos prisioneiros foi libertado após sofrer problemas do coração.
O Ministério do Interior russo disse que cerca de cinco mil pessoas participaram do protesto, segundo a agência "Interfax".
O comitê organizador da marcha, que aglutina os descontentes com o regime do presidente russo, Vladimir Putin, calculou o número de participantes em 30.000 pessoas.
"Segundo nossos dados, 30.00 pessoas estão presentes e mais cidadãos continuam chegando", disse um dos organizadores, Piotr Tsarkov, citado pela agência Interfax.
A passeata exige a libertação dos doze detidos durante uma manifestação de protesto na Praça Bolotnaya, em Moscou, realizada em 6 de maio de 2012 e que foi marcada por violentos enfrentamentos com a polícia.
A "Marcha contra os Carrascos" conta com a participação de vários líderes da oposição, entre eles o deputado Dmitri Gudkov, o blogueiro Alexei Navalni e Mikhail Kasianov, feroz crítico da gestão de Putin e que sob seu mandato exerceu o cargo de primeiro-ministro entre 2000 e 2004.