Um protesto na província de Azuay e o atraso na abertura de mesas devido à ausência de mesários marcaram o início da eleição para presidente no Equador, disputada pelo candidato nacionalista Rafael Correa e o milionário populista Alvaro Noboa, neste domingo. A maior dificuldade ocorreu no bairro Victoria de Portete, onde moradores obstruíram as vias e impediram a entrada de eleitores na escola onde votariam. Em Cuenca, as votações começaram com atraso, porque alguns dos mesários não chegaram no horário para iniciar o processo.

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Cerca de nove milhões de eleitores escolhem o novo presidente equatoriano. De acordo com pesquisas de intenção de voto, Correa, que é amigo do presidente da Venezuela, Hugo Cháves, tem uma leve vantagem sobre Noboa . O nacionalista pediu a atenção dos eleitores na lisura do processo, temendo que sejam cometidas irregularidades, como as que denunciou em 15 de outubro. Mas mostrou-se confiante em sua vitória. Ao votar no Colégio Central Técnico, em Quito, o candidato afirmou que "a vitória popular é irreversível". Ele também pediu para que os eleitores não anulem seus votos:

- Escolha a qualquer uma das duas opções, porque o que está em jogo é demasiado grande para se votar em branco ou nulo.

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A Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu aos candidatos que não se declarem vencedores ao tomarem conhecimento das pesquisas de boca-de-urna. A organização quer evitar um caos social, já que o processo eleitoral foi marcado por denúncias de suspeitas de fraude. O Equador vive em constante turbulência política e enfrenta graves problemas sociais. Três presidentes foram derrubados por manifestações civis ou em lutas no Congresso, nos últimos dez anos. Enquanto isso, 42% da população continuam vivendo abaixo da linha da pobreza, 81% não têm o acesso devido á saúde e 50% estão desempregados ou subempregados.

O segundo turno da eleição presidencial no Equador começou às 7h (10h de Brasília). O processo foi aberto pelo presidente do Equador, Alfredo Palacio.

- O destino do nosso país só pode ser decidido pelo povo, única fonte de soberania - disse Palacio, durante ato inaugural no Tribunal Superior Eleitoral, em Quito.