Um grupo de extrema direita reuniu cerca de mil pessoas na capital do Reino Unido para um protesto anti-islâmico em frente ao gabinete do premiê David Cameron| Foto: REUTERS/Luke MacGregor
Cantando palavras de ordem como
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Cinco dias após o assassinato do soldado Lee Rigby, 25, em Londres, um grupo de extrema direita reuniu cerca de mil pessoas na capital do Reino Unido para um protesto anti-islâmico em frente ao gabinete do premiê David Cameron -os suspeitos de matar Rigby são muçulmanos.

Os participantes, que cantavam palavras de ordem como "assassinos muçulmanos, fora de nossas ruas!", entraram em conflito com um pequeno grupo de manifestantes de esquerda e com a tropa de choque. A confusão resultou em 13 pessoas presas.

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"Eles têm a Primavera Árabe. Chegou a hora de termos a Primavera Inglesa", disse Tommy Robinson, líder da EDL (Liga da Defesa Inglesa, na sigla em inglês), grupo que organizou a manifestação.

Outros incidentes no fim de semana indicam o aumento da hostilidade contra os muçulmanos no Reino Unido depois do assassinato do soldado. Em West Midlands (centro do país), a polícia indiciou duas pessoas por perturbação da ordem e ofensas raciais após um protesto.

Em Grimsby, no norte do Reino Unido, uma mesquita foi atacada com bombas incendiárias na noite de domingo. Segundo a polícia, duas pessoas foram presas, e o incêndio foi apagado sem que ninguém tivesse se ferido.Novo suspeito

Hoje, a Scotland Yard (polícia metropolitana de Londres) anunciou a prisão do décimo suspeito de ligação com o assassinato de Lee Rigby -um homem de aproximadamente 50 anos que, de acordo com a polícia, teria sido cúmplice do crime.Duas mulheres detidas foram liberadas, cinco suspeitos (incluindo o preso hoje) estão sob custódia policial e um foi solto mediante fiança. Os principais envolvidos --Michael Adebolajo, 28, e Michael Adebowale, 22, feridos pela polícia no local do crime- continuam no hospital.

A Chancelaria britânica confirmou que Adebolajo já fora preso no Quênia em 2010, com outras cinco pessoas, perto da fronteira com a Somália --a polícia suspeita de ligação dele com o grupo terrorista islâmico Al Shabab, que atua naquela região.

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Um grupo de ativistas afirma que Adebolajo recusou proposta para trabalhar para o MI6, serviço secreto inglês.