Após mais um protesto que reuniu dezenas de milhares de pessoas nas ruas de Hong Kong neste domingo (16), a líder da cidade, Carrie Lam, emitiu um comunicado oficial pedindo desculpas pela forma como seu governo tentou aprovar o projeto da lei de extradição para a China. Os líderes das manifestações haviam pedido a renúncia dela, em discursos ovacionados pela multidão.
Ainda no sábado, Lam havia anunciado que iria suspender a proposta de extradição, que já havia motivado outros grandes protestos na cidade asiática. Mesmo assim, manifestantes lotaram as ruas neste domingo, vestindo preto e se posicionando contra a líder, pedindo uma solução definitiva, e não apenas uma suspensão. Para a maioria da população, o projeto de lei poderia reduzir direitos civis, contrariando promessa feita por Pequim quando assumiu o controle da ex-colônia britânica, em 1997.
No comunicado, Lam lamenta que "as deficiências de nosso trabalho e outros fatores tenham despertado controvérsias e conflitos substanciais na sociedade após o período relativamente calmo nos últimos dois anos", em referência às manifestações realizadas na terça-feira (11), quando as forças armadas de segurança dispararam balas de borracha e gás lacrimogênio para impedir que as pessoas entrassem no Parlamento local. Ela diz que vai adotar uma postura mais sincera e humilde, e aceita as críticas para aprimorar o trabalho de servir ao público.
A nota oficial, porém, reitera a suspensão do projeto, e informa que "não há cronograma para reiniciar o processo", deixando dúvidas sobre a possibilidade de o tema voltar a ser discutido.
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