Cerca de 3.500 ativistas do principal partido oposicionista, a Frente Ação Islâmica, sindicalistas e organizações de esquerda foram hoje para as ruas de Amã, capital da Jordânia, para exigir a renúncia do primeiro-ministro, Samir Rifai. Além disso, a população protestava contra os crescentes preços, a inflação e o desemprego. A sexta-feira é tradicionalmente dia de folga e orações nos países muçulmanos. Pelo terceiro dia consecutivo ocorrem protestos no país. Os jordanianos se inspiram nas manifestações na Tunísia e no Egito.
Mais 2.500 pessoas tomaram as ruas em seis outras cidades pelo país, após as preces do meio-dia. Esses protestos também exigiam o fim do governo de Rifai. O rei Abdullah II prometeu reformas, sobretudo em relação à controversa lei eleitoral. Mas muitos acreditam que é improvável que ele atenda aos pedidos de eleição para um novo premiê e os membros do gabinete, tradicionalmente apontados pelo rei.
Rifai anunciou um pacote de US$ 550 milhões em novos subsídios nas últimas duas semanas para combustível e produtos como arroz, açúcar, carne e gás liquefeito para aquecimento e cozinha. Também anunciou um aumento para funcionários públicos e o setor de segurança.
Ainda assim, a economia jordaniana enfrenta dificuldades, com um déficit recorde de US$ 2 bilhões este ano. A inflação também chegou a 6,1% no mês passado, com números ruins de desemprego e pobreza. A estimativa é de que 25% da população local sofra com a pobreza e 12%, com o desemprego. As informações são da Associated Press.