Após 25 dias de manifestações antigovernamentais, as investidas policiais em Ancara e na cidade de Mersin continuaram nesta sexta-feira (21), enquanto em Istambul ocorreu um ataque contra uma das assembleias que foram criadas como resultado dos protestos.
Cerca de mil pessoas voltaram a bloquear na quinta-feira (20) à noite a Rua Kennedy na capital turca e ocorreram enfrentamentos com a polícia, que dispersou os manifestantes com jatos d'água e gás lacrimogêneo.
Em uma ação similar em Mersin, onde a polícia desfez ontem um acampamento de protesto, os confrontos deixaram seis feridos, entre eles dois policiais, e oito pessoas foram presas, informou a emissora "CNNTürk".
Em Istambul, onde o último enfrentamento com a polícia aconteceu na última segunda-feira, os protestos populares continuam de outra forma: os cidadãos permanecem em pé, imóveis e em silêncio, durante longos momentos em alguma praça pública, uma ação que a polícia não reprimiu após uma primeira intervenção na segunda-feira.
Milhares de moradores se reúnem todas as noites as 18h (15h de Brasília) em pelo menos 35 parques públicos em toda a cidade de Istambul para realizar assembleias e planejar o futuro do movimento popular crítico ao governo.
Uma assembleia de cerca de 30 moradores em um parque em Yeniköy, um bairro da periferia, foi atacada ontem à noite por uma dezena de pessoas que quiseram interromper a reunião e agrediram as pessoas com facas.
Duas pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave, informou hoje o jornal "Radikal".
Estes ataques aumentam o temor de que grupos pró-governo tentem espalhar o medo entre aqueles que querem participar dessas assembleias.
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