Cubano-americanos participam de uma manifestação de apoio aos manifestantes em Cuba, em frente à Freedom Tower em Miami, Flórida, EUA, em 17 de julho de 2021| Foto: CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH/Agência EFE/Gazeta do Povo
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Enquanto em Cuba os protestos por liberdade são sufocados pela violência estatal e cortes de internet, ao redor do mundo, cubanos que deixaram o país continuam demonstrando apoio aos manifestantes da ilha.

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No fim de semana, centenas de pessoas se reuniram em Miami e Washington DC., nos Estados Unidos, para pedir ações do governo americano contra o regime castrista, como a aplicação de sanções políticas, diplomáticas e financeiras contra os membros do regime que estão coordenando a repressão aos manifestantes.

Em Miami, a dissidente cubana Rosa María Payá pediu "solidariedade" com a população cubana, na forma de "ações e não palavras".

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Em frente à Casa Branca, na capital americana, o ex-campeão cubano de boxe Yordenis Ugás disse: "Acabou a chantagem, acabou a ditadura". "Nós, cubanos, já estamos cansados".

Alguns cubanos-americanos pediram uma intervenção militar na ilha, uma hipótese já descartada pelos democratas. Na semana passada, o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA, Bob Menéndez, disse que os EUA não farão uma intervenção militar em Cuba. "Vamos deixar isso de lado porque é isso que os fidelistas querem. Os que mantêm o poder em Cuba querem promover isso", disse.

Atos em apoio aos manifestantes cubanos ocorreram também em frente às embaixadas cubanas no Panamá e no Chile. Em Santiago do Chile, segundo a agência EFE, houve confronto entre grupos contra e a favor do regime castrista. Na semana passada, manifestações pela liberdade em Cuba haviam sido registradas em vários países como Estados Unidos, Reino Unido e Espanha.

Repressão na ilha

Em Cuba, desde os protestos de 11 de julho, é a polícia quem domina as ruas do país. As vozes dissidentes continuam sendo detidas.

Neste fim de semana, um homem foi agredido e preso depois que gritou "liberdade" em um ato do regime em Havana. De acordo com jornalistas independentes, ele foi identificado como Ernesto Frank Sánchez Aguilar e até a noite de domingo, seu paradeiro era desconhecido.

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Em San Antonio de los Baños, cidade onde eclodiram os protestos contra a ditadura, há uma grande presença de militares e simpatizantes do regime nas ruas. De acordo com a agência EFE, os acessos à cidade, localizada a 30 quilômetros a oeste de Havana, foram em sua maioria bloqueados ou vigiados por agentes de segurança neste domingo.