O rei da Jordânia Abdullah II (D) e o ex-primeiro-ministro Hani Mulki (E) em uma reunião no Palácio Real em Amã, em maio de 2018| Foto: KHALIL MAZRAAWIAFP

O primeiro-ministro da Jordânia, Hani Mulki, apresentou sua carta de renúncia nesta segunda-feira (4) - dias depois que uma onda de protestos contra o aumento de impostos e medidas de austeridade tomou conta do país.

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Milhares de pessoas foram para as ruas da Jordânia nos últimos oito dias, alegando que um novo imposto para compras feitas no começo do ano e o fim do subsídio para a compra de pão, implementadas por sugestão do FMI (Fundo Monetário Internacional), são medidas que levariam a um aumento de preços e prejudicariam os mais pobres e a classe média.

Em algumas áreas, os manifestantes queimaram pneus e entraram em confronto com a polícia. Segundo a BBC, dezenas foram presos e mais de 40 membros das forças de segurança foram feridos.

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Mulki, que havia assumido o cargo em 2016, ofereceu a carte de renúncia ao rei Abdullah II em uma tentativa de acalmar os protestos, que já são considerados os maiores dos últimos anos no país.

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O rei Abdullah, segundo a agência Reuters, aceitou a renúncia de Mulki e indicou Omar al-Razzaz, ex-economista do Banco Central e ministro da Educação, para o cargo.

Os parceiros ocidentais do reino veem sinais da inquietação social com preocupação. A Jordânia é um aliado militar fundamental, inclusive na luta contra os militantes islâmicos.