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Um carro pega fogo durante protesto em frente ao gabinete do primeiro-ministro albanês, Sali Berisha, na sexta-feira | Reuters
Um carro pega fogo durante protesto em frente ao gabinete do primeiro-ministro albanês, Sali Berisha, na sexta-feira| Foto: Reuters

Duas pessoas morreram a tiros na Albânia enquanto manifestantes enfrentavam a polícia diante do gabinete do primeiro-ministro albanês, Sali Berisha, na sexta-feira. O protesto era para exigir a renúncia do governo em meio a acusações de corrupção.

"Temos dois civis mortos. Os sinais mostram que eles foram baleados de perto com uma pistola de pequeno calibre", disse o cirurgião Sami Koceku, do Hospital Militar de Tirana, à televisão albanesa.

Havia grandes marcas de sangue na via e a polícia afirmou que diversos policiais foram feridos.

Simpatizantes do Partido Socialista, da oposição, mais cedo haviam se manifestado diante do gabinete do premiê e alguns jogaram pedras, bastões e guarda-chuvas contra o prédio e a polícia.

A polícia respondeu com gás lacrimogêneo, balas de borracha, canhões de água e granadas de efeito moral. Carros, alguns deles veículos da polícia, foram incendiados e ainda soltavam fumaça.

A avenida principal ficou lotada de manifestantes. Testemunhas afirmaram que havia cerca de 20 mil pessoas. Alguns cantavam "Vitória" e "Ele se foi." A polícia advertiu a multidão para que não entrasse no prédio do governo, mas alguns se aventuraram e entraram.

Após cerca de três horas de confronto, a polícia dispersou a multidão e tomou controle da avenida. Imagens ao vivo na televisão mostraram policiais perseguindo alguns manifestantes solitários, que eram espancados com cassetetes.Berisha deveria visitar uma cidade no norte da Albânia na tarde de sexta.

O Partido Socialista, liderado por Edi Rama, pediu por novas eleições depois de se rejeitar os resultados da eleição parlamentar de junho de 2009, vencida pelo Partido Democrático, de Berisha, por uma pequena diferença. As conversações para romper o impasse fracassaram.

O aliado-chave de Berisha, Ilir Meta, ex-vice-premiê, renunciou há uma semana, após ser acusado de corrupção por seu antecessor, Dritan Prifti.

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