Manifestações contra a política da chamada Covid Zero do governo da China ganharam força nos últimos dias em diferentes cidades do país. Neste domingo (27), foram registrados atos no centro de Pequim, as primeiras grandes mobilizações nas ruas da capital.
Outras manifestações, no entanto, já vinham ocorrendo na cidade. Por exemplo, na universidade de Tsinghua, uma das mais importantes do país e onde estudou o atual líder chinês, Xi Jinping.
Imagens publicadas em redes sociais mostraram manifestantes nas margens do rio Liangma, no populoso distrito de Chaoyang, também na capital chinesa. Eles cantavam e gritavam reivindicações como "fim dos confinamentos". Muitos deles seguravam folhas de papel em branco..
Reportagem da BBC apontou também que milhares de pessoas foram às ruas de Xangai para protestar contra as restrições da política do governo chinês de combate à Covid-19.
A BBC presenciou pelo menos três pessoas sendo levadas em carros da polícia.
Protestos se intensificaram após incêndio em prédio
As manifestações no final de semana se intensificaram depois do caso do incêndio em uma área residencial na cidade de Urumqi, ocorrido na quinta-feira (24).Dez pessoas morreram e nove ficaram feridas, segundo a agência estatal Xinhua.
Comentários nas mídias sociais chinesas e internacionais apontaram que os extensos bloqueios contra a Covid-19 dificultaram as operações de resgate e atendimento às vítimas.
Nas ruas, os moradores pedem a suspensão da política de Covid Zero. Ainda segundo a BBC, em Xangai manifestantes entoavam slogans como "Xi Jinping, renuncie" e "Partido Comunista, renuncie".
Em entrevista publicado no site da emissora britânica, Ho-fung Ho, professor de Sociologia na Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos, disse que os protestos "representam o primeiro teste sério do governo autocrático" de Xi Jinping.
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