Autoridades de Los Angeles, Seattle e do condado de Miami-Dade (Flórida), reconheceram que protestos e motins anti-policiais nos EUA podem ter levado ao aumento da disseminação do coronavírus, de acordo com uma reportagem da Fox News.
As três cidades sofreram um aumento nos casos de coronavírus após semanas de protestos provocados pela morte de George Floyd enquanto estava sob custódia da polícia de Minneapolis, no fim de maio. Muitos democratas e profissionais de saúde pública manifestaram apoio às manifestações, incluindo o prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti.
Dois dias após sustentar que não havia "nenhuma evidência conclusiva" que mostrasse uma conexão entre protestos e o aumento nos casos do vírus, Garcetti reviu sua posição, dizendo que o diretor de saúde pública do condado "acha que parte da disseminação que ocorreu vêm de nossos protestos".
O condado registrou um recorde de 3.187 novos casos de coronavírus na sexta-feira (3), o maior total diário desde o início da pandemia, segundo informaram autoridades de saúde no domingo.
Ainda assim, Garcetti não censurou os manifestantes. "Não é o ato de protestar - é uma coisa excelente e americana a se fazer, independentemente da sua opinião. . . mas protestar sem manter o distanciamento físico, sem usar a máscara, sem ter desinfetante - Só precisamos ser inteligentes. Seja em um protesto ou em sua casa, no local de trabalho ou nas compras, essas regras não mudam".
Em Miami-Dade, os protestos foram um "fator contribuinte" para o crescimento no número de casos, disse um porta-voz do prefeito à Fox News.
Uma equipe de médicos especialistas que assessoraram o prefeito Carlos A. Giménez disse a ele que, com base nas informações das urgências locais, os protestos foram um fator que contribuiu para a disseminação do vírus, "junto com a nossa comunidade baixando a guarda e não praticando o distanciamento social ou usando máscaras, conforme exigido. Festas de formatura, festas em casa e restaurantes que se transformaram ilegalmente em clubes depois da meia-noite também contribuíram para o aumento".
Giménez emitiu um toque de recolher na semana passada, na tentativa de conter a propagação do vírus no município.
Enquanto isso, o agente de saúde da cidade de Seattle, James Apa, disse à Fox News que qualquer impacto dos protestos foi marginal: "Uma pequena porcentagem do número total de casos relatados foi a um protesto, o que pode ou não significar que eles o adquiriram lá. Os protestos não estão impulsionando nosso aumento nos casos".
Em Nova York, embora o WNBC tenha relatado que ao longo de uma semana a porcentagem de casos positivos de coronavírus da cidade aumentou por quatro dias consecutivos, o escritório do prefeito Bill de Blasio sustentou que os protestos não afetaram a disseminação comunitária na cidade.
"Com base em nossos indicadores de saúde, que medem admissões hospitalares, número de pessoas na UTI e porcentagem de nova-iorquinos com resultados positivos, não vimos nenhuma indicação de aumento nos casos", disse Avery Cohen, vice-secretária de imprensa de Blasio, à Fox News. Embora os casos em Los Angeles, Seattle e Miami-Dade estejam aumentando, os casos na cidade de Nova York têm diminuído constantemente, embora ainda não esteja claro se casos potencialmente assintomáticos entre a maioria dos jovens não são detectados.
No mês passado, a cidade recebeu críticas por sua decisão de não perguntar às pessoas se elas participaram de protestos do Black Lives Matter durante chamadas de rastreamento de contatos para monitorar a propagação do coronavírus.
O governador Andrew Cuomo, no entanto, disse aos nova-iorquinos no mês passado: "Se você esteve em um protesto, faça um teste, por favor".
© 2019 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.
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