Egito manda julgar 919 integrantes da Irmandade Muçulmana
O promotor público do Egito determinou que 919 membros da Irmandade Muçulmana sejam julgados nesta quarta-feira por acusações que vão de terrorismo a assassinato, disse a agência de notícias estatal.
Os membros serão julgados na província ao sul de Minya, onde no início desta semana um juiz condenou 529 integrantes da Irmandade à pena de morte sob diversas acusações, incluindo por assassinato.
A agência de notícias estatal afirmou que as novas acusações estavam ligadas a incidentes violentos de agosto do ano passado ocorridos depois que acampamentos de apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi foram dispersados à força por oficiais de segurança.
Uma pessoa morreu e oito ficaram feridas nesta terça-feira em protestos de estudantes islamitas na frente das universidades do Cairo e de Al-Azhar, que tinham sido convocados pela Irmandade Muçulmana.
Em comunicado, o Ministério da Saúde do Egito informou o ocorrido, mas não deu mais detalhes.
Uma porta-voz dos estudantes, que pediu anonimato, disse à Agência Efe que a pessoa que morreu era um jovem de 18 anos que recebeu um golpe na cabeça por parte das forças de segurança quando estas começaram a usar gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes na Universidade do Cairo.
Vários universitários participaram dos protestos ao lado da Faculdade de Direito desse centro, seguindo as chamadas da confraria, explicou a agência estatal de notícias "Mena".
A segurança da universidade ordenou o fechamento dos acessos principais ao campus, e permitiu aos estudantes sair pelas portas alternativas enquanto verificava a identidade de todos eles.
Um forte dispositivo de segurança rodeou regiões próximas como a Praça de Al-Nahda e as ruas que em levam à Direção de Segurança de Guiza. Também foram convocados protestos dentro da estação de metrô da Universidade do Cairo.
Por outro lado, centenas de estudantes da Universidade de Al-Azhar, também na capital egípcia, marcharam em algumas faculdades e em frente ao prédio principal da instituição no bairro de Cidade Nasser.
As forças de segurança detiveram oito estudantes da Irmandade Muçulmana por supostamente provocar distúrbios, quebrar os vidros das janelas do edifício e ameaçar professores e colegas, deixando 12 feridos na Universidade de Zaqaziq, na província de Xarqia, no delta do rio Nilo. Nesse lugar, jovens simpatizantes e opositores do ex-presidente Mohammed Mursi, deposto pelo Exército 3 de julho do ano passado, se enfrentaram.
Na segunda-feira passada, a aliança, que agrupa à confraria e outras formações, convocou as manifestações de hoje sob o lema "Juntos pela Salvação".
Os enfrentamentos de hoje estão dentro da denominada "Nova Onda Revolucionária", que marca o terceiro aniversário do referendo sobre a emenda constitucional elaborada pela cúpula militar após a rebelião de 2011, que acabou com o regime de Hosni Mubarak.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano