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Ao menos 140 pessoas foram mortas em conflitos na capital da província de Xinjiang, no noroeste da China, entre manifestantes e a polícia, e o governo culpou exilados separatistas pela mais grave manifestação na área muçulmana nos últimos anos.

Centenas de manifestantes foram presos, de acordo com a agência de notícias oficial Xinhua, após os uigures terem tomado as ruas da capital regional, no domingo, incendiando e quebrando veículos e enfrentando as tropas do governo.

A violência reforça a instabilidade étnica que acompanha o crescimento econômico nas fronteiras ocidentais da China.

Mas analistas independentes disseram que os problemas na região rica em recursos não deve causar impacto na economia chinesa devido ao acesso limitado à região remota.

Uma autoridade do governo chinês disse que as manifestações tinham sido planejadas por forças extremistas do exterior.

Moradores de Urumqi, capital de Xinjiang, não tiveram acesso à internet nesta segunda-feira (6), muitos deles disseram. "A cidade está basicamente sob lei marcial", disse por telefone Yang Jin, um vendedor de frutas secas.

A tevê estatal chinesa mostrou imagens dos manifestantes atirando pedras contra os policiais e virando um carro de polícia, e também cenas de fumaça saindo de veículos queimados.

Li Xhi, chefe do Partido Comunista de Urumqi, disse numa entrevista coletiva que o total de mortos nos confrontos era 140, afirmou a agência de notícias semioficial China News Agency. A Xinhua afirmou que 816 pessoas ficaram feridas.

A polícia prendeu "várias centenas" de pessoas envolvidas nos conflitos, incluindo mais de 10 líderes dos manifestantes, disse a Xinhua.

Os mercados chinesas ignoraram a violência, com o índice da bolsa de Xangai subindo 1,2 por cento.

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