A Ouvidoria Pública do Peru confirmou na segunda-feira (13) que aumentou para sete o número de mortos em pouco mais de 24 horas de confrontos entre a polícia e manifestantes que pedem a renúncia da nova presidente do país, Dina Boluarte, e o fechamento do Congresso.
O governo do Peru decretou estado de emergência por 60 dias em sete províncias do sul do departamento de Apurímac, epicentro dos protestos que pedem a destituição da presidente.
Desta forma, o Executivo busca manter a "ordem interna" nas províncias de Abancay, Andahuaylas, Chincheros, Grau, Cotabambas, Antabamba e Aymaraes com o trabalho conjunto da Polícia Nacional Peruana (PNP) e das Forças Armadas, segundo se pode ler na norma publicada no jornal oficial “El Peruano”.
Por 60 dias, serão suspensos na província de Apurimac os direitos constitucionais relacionados à "inviolabilidade do domicílio, liberdade de trânsito pelo território nacional, liberdade de reunião e liberdade e segurança pessoais", de acordo com o artigo 2 da Constituição peruana.
As Forças Armadas já colaboraram com a PNP nos bloqueios de Ica e La Libertad e na tomada dos aeroportos de Arequipa e Andahuaylas, segundo informou o ministro da Defesa peruano, Alberto Otárola, nesta segunda-feira.
Os confrontos entre manifestantes e policiais em Andahuaylas e Chincheros já resultaram em sete mortes confirmadas pelas autoridades nas últimas 24 horas.
Os manifestantes exigem o fechamento do Congresso, a convocação de eleições antecipadas e a destituição da nova presidente Dina Boluarte, que tomou posse após a prisão do ex-presidente Pedro Castillo por sua tentativa fracassada de autogolpe.
A notícia já havia sido antecipada nesta tarde pelo ministro da Defesa no plenário do Congresso, quando anunciou que seria declarado estado de emergência em Andahuaylas após a morte de dois jovens manifestantes.
No prazo de cinco dias após o fim do estado de emergência, a PNP deve apresentar ao Ministério do Interior um relatório “detalhado” com as ações realizadas durante o regime de exceção.
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