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Milhares de alunos secundaristas franceses tomaram as ruas na quinta-feira para protestar contra os planos do governo de executar uma reforma na educação e alguns entraram em confronto com a polícia em Paris e na cidade de Lyon, no sudeste do país.

Atento aos tumultos que atingiram Atenas e aos protestos estudantis de 2006 em Paris, o presidente Nicolas Sarkozy já havia adiado os planos de reformar o currículo das escolas do ensino médio após protestos por vezes violentos ocorridos este mês.

Os estudantes mantiveram as manifestações para exigir que o plano seja abandonado de forma permanente. Na quinta-feira, milhares participaram dos protestos na região de Paris e em cidades do interior, incluindo Lyon e Rennes, no oeste da França.

Em Lyon, os estudantes atiraram pedras na polícia, um carro foi virado perto da sede municipal da educação e uma escola teve de ser esvaziada por causa da fumaça provocada pelo fogo colocado em latas de lixo nas proximidades, disse um repórter da Reuters.

A polícia usou gás lacrimogêneo para conter os manifestantes e prendeu cerca de 40 pessoas, disse um porta-voz.

Em Paris, a polícia usou gás lacrimogêneo após breves confrontos nas laterais de uma manifestação no bairro estudantil perto do Jardim de Luxemburgo, onde os organizadores disseram que havia 13.600 pessoas.

As autoridades da área de educação em Paris afirmaram que houve paralisação em cerca de 40 escolas profissionalizantes e regulares, de um total de 105 na capital francesa. A união dos estudantes, no entanto, disse que alunos de 60 escolas na região de Paris participaram das manifestações.

"Há barreiras erguidas para filtrar as pessoas que entram e saem, algumas aulas foram canceladas. É um movimento bem grande", disse uma porta-voz da autoridade de educação de Paris.

"O clima é um tanto tenso e houve incidentes entre os que fazem o bloqueio e os que não fazem", afirmou ela.

O primeiro-ministro François Fillon disse que o governo está preparado para considerar algumas mudanças, mas que não há possibilidade de enterrar o projeto, que visa fazer o sistema público escolar mais eficiente.

"Decidimos gastar mais tempo com as escolas porque tem havido muitas interpretações errôneas", disse ele à rádio Europe 1. "Vamos reabrir as conversações, portanto estamos prontos a aceitar mudanças na reforma."

Manifestantes insistem que vão manter as ações até que o governo desista de forma definitiva dos planos de fechar milhares de postos de trabalho para professores como parte de um amplo programa de corte de gastos do setor público.

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