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Partidários e opositores do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, saíram ontem às ruas de Caracas para recordar o 18º aniversário do golpe fracassado liderado pelo atual chefe de Estado venezuelano.

No dia 4 de fevereiro de 1992, Chávez encabeçou uma tentativa de golpe de Estado contra o governo do então presidente Carlos Andrés Pérez, que o deteve e manteve na prisão por dois anos.

Opositores de Chávez, principalmente estudantes, se concentraram em uma praça de Caracas nesta quinta para mostrar seu "descontentamento de 11 anos, que não trouxeram solução para os problemas" da Venezuela, explicou o dirigente estudantil Roderick Navarro. "Hoje, nos tornamos porta-vozes de toda essa população que o governo esqueceu, que tem a esperança e os sonhos frustrados", declarou.

A marcha da oposição planejava caminhar até a Assembleia Nacional, mas as autoridades locais não concederam autorização para o percurso – apesar de terem permitido a manifestação de grupos pró-governo.

Um forte cordão de isolamento policial controlava a concentração de estudantes. Ao todo, 3,5 mil agentes das forças da ordem foram mobilizados para acompanhar o protesto. Por outro lado, mais de 5 mil partidários do governo percorreram diferentes avenidas da capital. "Devemos nos sentir hoje, mais do que nunca, orgulhosos do caminho percorrido. Hoje é um dia de pátria", declarou Chávez, vestido com uma farda militar e portando sua tradicional boina vermelha.

Chávez, que ganhou suas primeiras eleições em 1998, disse que o golpe falido de 1992 fez parte de um "projeto político" que incluía, entre outras coisas, a Assembleia Constituinte que conseguiu implantar sete anos depois.

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