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Manifestantes entram em confronto com polícia de choque durante protesto em Santiago, Chile, 18 de maio de 2020
Manifestantes entram em confronto com polícia de choque durante protesto em Santiago, Chile, 18 de maio de 2020| Foto: Pablo Rojas / AFP

No terceiro dia de lockdown em Santiago, decretado com o objetivo de conter a propagação do novo coronavírus, vários pontos da capital chilena registraram protestos e choques entre manifestantes e a polícia, nesta segunda-feira (18).

No distrito de El Bosque, um dos mais pobres de Santiago, houve confrontos entre a polícia e moradores que protestavam contra a falta de alimentos e trabalho, resultado da crise causada pela pandemia. A polícia usou gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar a multidão.

"Do município nunca me chegou uma caixa de mercadorias, nunca me chegou ajuda", disse uma moradora ao jornal chileno La Tercera. "Não temos o que comer", disse outro morador do distrito, que está em quarentena desde meados de abril.

A polícia chilena informou durante a tarde que oito pessoas foram detidas no local: três por desordem, três por desobedecer as medidas sanitárias e duas por portar elementos incendiários.

Outras áreas da capital se uniram aos protestos contra a resposta do governo à pandemia. Durante a tarde desta segunda-feira, moradores de Villa Francia colocaram barricadas nas ruas e atearam fogo a um ônibus. Segundo a imprensa local, policiais das forças especiais foram ao local para conter as manifestações.

O governo chileno decretou quarentena obrigatória em 38 distritos da região metropolitana se Santiago, o que compreende 90% da população da região.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou em cadeia nacional nesta segunda-feira novas medidas para enfrentar a crise. Segundo o mandatário, serão distribuídas 2,5 milhões de cestas de alimentos e outros itens básicos para as famílias mais vulneráveis e de classe média necessitadas.

O Chile já registrou mais de 46 mil casos de Covid-19 e mais de 400 mortes pela doença.

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