Membros das forças de segurança egípcias lutam contra seguidores do presidente destituído, Mohammed Morsi, durante protesto| Foto: EFE/Ahmed Almasry / Almasry Alyoum

Uma série de manifestações e pequenos atentados marcaram o aniversário de um ano da deposição do presidente do Egito, Mohammed Morsi, que deixaram cerca de 200 pessoas presas, a sua maioria islâmicos.

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Em um dos casos, uma das bombas explodiu acidentalmente dentro de um apartamento no Cairo, matando dois supostos militantes que manuseavam os explosivos, informou o Ministério do Interior.O órgão divulgou que os homens estavam no apartamento com dois amigos que fugiram depois da explosão, que aconteceu no bairro de Kirdasah.

Os partidários de Morsi convocaram protestos em massa, mas o número de pessoas que compareceram aos atos estava na casa das centenas, no máximo, dezenas - provas da relutância dos islâmicos para assumir as forças de segurança, depois de uma longa repressão que matou centenas de pessoas e que deixou ao menos 22 mil presos.

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Apesar de um número relativamente pequeno, os manifestantes bloquearam algumas ruas e gritavam palavras de ordem contra os militares e o presidente Abdel Fattah el-Sisi, o ex-chefe militar que depôs Morsi e recém-eleito líder do país.

Em outros focos de violência relatados por autoridades, três atentados separados danificaram delegacias, mas não causaram nenhuma vítima. Uma pequena bomba também explodiu perto de um Hospital da Força Aérea no Cairo ontem e explosivos tiveram como alvo uma delegacia de polícia e uma estação de trem na cidade de Assiut, que tem uma grande presença islâmica, hoje.

O Ministério do Interior informou em um comunicado que 157 manifestantes e 39 rebeldes islâmicos dos mais procurados do país foram presos nesses protestos.

Em um relatório que marca o aniversário de um ano da deposição de Morsi, a Anistia Internacional disse que desde a sua queda houve uma "forte deterioração" dos direitos humanos no Egito, com uma onda de detenções arbitrárias. "Em todos os níveis, o Egito está falando em termos de direitos humanos", diz o relatório do grupo, que tem sede em Londres