Um policial morreu nesta quinta-feira (26) em Bangcoc e pelo menos 48 pessoas ficaram feridas nos enfrentamentos entre as forças de segurança e manifestantes que tentam impedir que a Comissão Eleitoral realize as eleições convocadas para 2 de fevereiro.
A comissão realizou nesta quinta em um estádio da capital o sorteio da posição dos partidos políticos nas cédulas das eleições. A vítima fatal é um dos três policiais que protegiam a entrada do local e que foram baleados, segundo fontes hospitalares citadas pela imprensa local.
Um dos policiais feridos apresentava uma perfuração no ombro direito e a bala penetrou no pulmão do mesmo lado. Não foi divulgada nenhuma informação oficial sobre o estado dos outros dois feridos.
Pelo menos 48 pessoas ficaram feridas nos enfrentamentos, segundo o Centro Erawan de Emergências, entre elas um jornalista japonês atingido por uma bala de borracha na orelha esquerda.
Embora não tenham conseguido impedir o sorteio, a Comissão Eleitoral pediu ao governo o adiamento do pleito por considerar impossível garantir a normalidade do processo.
A mobilização antigovernamental liderada por Suthep Thaugsuban, ex-vice-primeiro-ministro do Partido Democrata entre 2008 e 2011, quer impedir a realização das eleições e exige antes a implementação de reformar políticas por meio de um conselho popular não eleito.
A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, propôs ontem a criação de uma comissão para realizar amplas reformas no país, com o objetivo de acalmar os protestos que começaram em outubro e aumentaram de intensidade no final de novembro com a ocupação de ministérios.
Yingluck, que se encontra em uma viagem pelo norte do país, esclareceu que o novo organismo não fará parte do governo e entre suas tarefas estará apresentar propostas constitucionais, econômicas e sociais para assegurar a transparência do sistema eleitoral e a prevenção e eliminação da corrupção nas agências públicas.
A Tailândia vive uma grave crise política desde o golpe militar que em 2006 depôs Thaksin Shinawatra, irmão mais velho de Yingluck e auto-exilado em Dubai para escapar de uma condenação a dois anos de prisão por corrupção.
Desde então, o país vive um período de frequentes manifestações e protestos populares que buscam paralisar o governo.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião