No primeiro aniversário do Protocolo de Quioto, que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, a Organização das Nações Unidas, a Comissão Européia e grupos ambientalistas do mundo inteiro renovaram os apelos para que os Estados Unidos aderissem à luta contra o aquecimento global. Segundo o comissário europeu de Meio Ambiente, Stavros Dimas, as próximas negociações sobre o futuro do protocolo de Quioto - quatro reuniões previstas até o fim de 2007 - podem ser "a última chance" de frear o fenômeno climático e salvar o planeta.
- A comunidade internacional deve aproveitar esta oportunidade. É a última chance que temos para conter a mudança climática - disse Dimas em discurso em Bruxelas por ocasião do primeiro aniversário do Protocolo de Quioto, que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. - Precisamos da participação de todos os grandes países emissores de gases causadores de efeito estufa, como os Estados Unidos, a primeira economia do mundo, mas também o maior poluente - acrescentou.
Responsáveis por 25% das emissões mundiais de carbono, os Estados Unidos rejeitaram ratificar o texto, que impõe aos países industrializados reduções em suas emissões de gases de efeito estufa, estimando que isto enfraqueceria sua economia.
Durante a última conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, celebrada em Montreal (Canadá), em dezembro passado, os representantes americanos aceitaram discutir para levar adiante "uma ação de cooperação a longo prazo para enfrentar o aquecimento climático". Quatro reuniões sobre o futuro do Protocolo de Quioto estão previstas para 2006 e 2007.
Conclu¡do em 11 de dezembro de 1997 em Quioto (Japão), o protocolo impõe a redução de emissões de seis gases causadores de efeito estufa: CO2 (gás carbônico ou dióxido de carbono), CH4 (metano), óxido nitroso (N20) e outros três gases fluorados (HFC, PFC, SF6). Os países industrializados são obrigados por ele a cortar suas descargas desses gases em 5,2% até 2012 em relação aos níveis de 1990. Países em desenvolvimento não tiveram de reduzir emissões neste chamado primeiro período de compromisso.
O acordo entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, após mais de sete anos de negociações.
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