A audiência preliminar sobre o caso do soldado Bradley Manning e seu papel no maior vazamento de dados reservados da história dos Estados Unidos, que chegaram à rede WikiLeaks, foi finalizada nesta quinta-feira com sólidas provas contra o acusado e o pedido da defesa para que não seja requerida uma pena maior que 30 anos.
Bradley Manning enfrentou com a mesma postura das últimas seis jornadas de audiência as alegações de seu advogado, David Coombs, e do representante da acusação por parte do Governo americano, o capitão Ashden Fein.
Coombs criticou a intenção da Promotoria de acusar Manning "por ajuda ao inimigo" para que assim cumpra pena perpétua. Se fosse rejeitada essa acusação, a condenação do soldado não superaria 30 anos, algo que a defesa considerou "mais que suficiente".
O advogado de Manning alegou que as revelações do WikiLeaks não comprometeram grandes segredos de Estado e não causaram danos.
Por sua parte, a acusação lembrou que o soldado era um analista competente, que sabia que ao encaminhar mais de 700 mil documentos classificados ao WikiLeaks os inimigos dos EUA, como a rede Al Qaeda, poderiam buscá-los na internet e fazer uso deles.
Fein mostrou o histórico de supostas conversas entre Manning e Julian Assange, fundador do WikiLeaks, nas quais o envio de documentos é confirmado.
Manning, que assinou até sete acordos de confidencialidade antes de ser alçado ao cargo de analista de inteligência no Iraque, era consciente da importância das informações que encaminhou, que podiam comprometer a segurança nacional, indicou Fein.
Coombs lembrou que na unidade do soldado no Iraque não eram cumpridos os padrões de segurança sobre a gestão de informações classificadas e que seus superiores ignoraram repetidamente seu estado mental e seus "problemas de identidade sexual".
A defesa se agarra a esses argumentos como atenuantes perante o mais que provável começo de um julgamento militar, algo que será decidido por outro grupo militar após a análise das recomendações do presidente desta audiência, Paul Almanza, que tem até 16 de janeiro para anunciar suas conclusões.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo