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ataque em paris

Provável entrada de terrorista com refugiados põe em risco plano migratório na Europa

Parisiense usa faixa de luto enquanto carrega uma flor em lembrança das vítimas dos ataques de sexta-feira (13) | PHIL NOBLE/REUTERS
Parisiense usa faixa de luto enquanto carrega uma flor em lembrança das vítimas dos ataques de sexta-feira (13) (Foto: PHIL NOBLE/REUTERS)

Um dos kamikazes dos atentados de Paris entrou na Síria seguindo rotas dos refugiados sírios. Ele teria entrado em outubro na Europa através da Grécia, em meio a milhares de pessoas — os verdadeiros migrantes. Seu nome aparece no registro de vários países que serviram de rota aos migrantes.

Um promotor francês confirmou que as impressões digitais de um dos homens-bomba por trás dos ataques no Stade de France, em Paris, coincidiram com digitais deste homem registrado na Grécia em outubro: Ahmad Al Mohammad, nascido em 10 de setembro de 1990 em Idlib, na Síria.

A questão agora é qual impacto a notícia terá na disposição dos europeus de acolher mais fugitivos de guerra.

A Polônia já avisou que não vai aceitar os previstos nas cotas da União Europeia sem garantias de segurança.

As autoridades registraram a passagem de Al Mohammad pela Sérvia, na cidade de Presevo. “Um dos terroristas suspeitos, A.A., que interessa às agências de segurança francesas, foi registrado na fronteira de Presevo no dia 7 de outubro deste ano, onde ele formalmente pediu asilo”, diz o comunicado divulgado pelo Ministério do Interior da Sérvia.

Mais cedo, a líder francesa do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen, disse que os “terroristas podem ter entrado na Europa entre os refugiados”. Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, reagiu contrariado:

“Eu gostaria de convidar aqueles que na Europa estão tentando mudar a agenda de migração que adotamos a serem sérios em relação a isso e não caírem em reações básicas. Eu não gosto disso”, disse, durante o encontro do G-20, na Turquia.

“Resposta não é fechar fronteiras”

Quatro dias antes de chegar à Sérvia, o homem teria chegado à pequena ilha de Leros, na Grécia, onde foi registrado como refugiado. De lá, pegou um barco para Atenas e seguiu a rota tradicional dos migrantes: cruzou Macedônia, Sérvia, Croácia e Hungria.

O jornal grego “Protothroma” revelou que ele estaria viajando com um outro homem, Mohammed Almuhamed.

O diretor de emergências da Human Rights Watch, Peter Bouckaert, alertou que o passaporte encontrado junto ao homem-bomba em Paris pode ser falso, lembrando que existe um enorme comércio de passaportes falsos sírios na Turquia.

“A resposta aos ataques de Paris não é fechar as portas para as pessoas que estão desesperadamente fugindo da guerra”, disse.

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