Um dos kamikazes dos atentados de Paris entrou na Síria seguindo rotas dos refugiados sírios. Ele teria entrado em outubro na Europa através da Grécia, em meio a milhares de pessoas — os verdadeiros migrantes. Seu nome aparece no registro de vários países que serviram de rota aos migrantes.
Um promotor francês confirmou que as impressões digitais de um dos homens-bomba por trás dos ataques no Stade de France, em Paris, coincidiram com digitais deste homem registrado na Grécia em outubro: Ahmad Al Mohammad, nascido em 10 de setembro de 1990 em Idlib, na Síria.
A questão agora é qual impacto a notícia terá na disposição dos europeus de acolher mais fugitivos de guerra.
A Polônia já avisou que não vai aceitar os previstos nas cotas da União Europeia sem garantias de segurança.
As autoridades registraram a passagem de Al Mohammad pela Sérvia, na cidade de Presevo. “Um dos terroristas suspeitos, A.A., que interessa às agências de segurança francesas, foi registrado na fronteira de Presevo no dia 7 de outubro deste ano, onde ele formalmente pediu asilo”, diz o comunicado divulgado pelo Ministério do Interior da Sérvia.
Mais cedo, a líder francesa do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen, disse que os “terroristas podem ter entrado na Europa entre os refugiados”. Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, reagiu contrariado:
“Eu gostaria de convidar aqueles que na Europa estão tentando mudar a agenda de migração que adotamos a serem sérios em relação a isso e não caírem em reações básicas. Eu não gosto disso”, disse, durante o encontro do G-20, na Turquia.
“Resposta não é fechar fronteiras”
Quatro dias antes de chegar à Sérvia, o homem teria chegado à pequena ilha de Leros, na Grécia, onde foi registrado como refugiado. De lá, pegou um barco para Atenas e seguiu a rota tradicional dos migrantes: cruzou Macedônia, Sérvia, Croácia e Hungria.
O jornal grego “Protothroma” revelou que ele estaria viajando com um outro homem, Mohammed Almuhamed.
O diretor de emergências da Human Rights Watch, Peter Bouckaert, alertou que o passaporte encontrado junto ao homem-bomba em Paris pode ser falso, lembrando que existe um enorme comércio de passaportes falsos sírios na Turquia.
“A resposta aos ataques de Paris não é fechar as portas para as pessoas que estão desesperadamente fugindo da guerra”, disse.
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