Imagem de arquivo do bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, condenado em fevereiro a 26 anos e quatro meses de prisão e perda da nacionalidade nicaraguense por “traição à pátria”| Foto: EFE/Jorge Torres
Ouça este conteúdo

A ditadura da Nicarágua colocou bandeiras da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) em frente à catedral de Matagalpa, no centro-oeste do país, como provocação aos católicos nicaraguenses.

CARREGANDO :)

Em fevereiro, a Justiça da Nicarágua condenou o bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, a 26 anos e quatro meses de prisão e perda da nacionalidade nicaraguense por crimes de “traição à pátria”.

A FSLN é o partido do ditador Daniel Ortega, que desde o ano passado intensificou a perseguição à Igreja na Nicarágua, com prisões e expulsões de religiosos do país, proibição de procissões e confisco de bens.

Publicidade

A denúncia sobre a colocação das bandeiras foi feita à EWTN Notícias – do mesmo grupo ao qual pertence a Agência Católica de Informações (ACI) – por Martha Patricia Molina, pesquisadora que produziu um relatório sobre a perseguição à Igreja na Nicarágua.

Ela disse à emissora que o ato foi “uma provocação da ditadura sandinista contra a Igreja Católica nicaraguense” e que, após a prisão de Álvarez, o regime “continua perseguindo e cometendo ataques contra esta diocese para enfraquecê-la”.

Ela afirmou que uma procissão do Divino Menino, que em anos anteriores teve uma média de mais de 20 mil fiéis participantes, foi proibida.

Molina acrescentou que outro objetivo da ditadura de Ortega com as bandeiras é “baixar a moral do clero, que está sempre em oração pelo seu bispo, que se encontra sequestrado neste momento”.

A última vez que a comunidade de Matagalpa recebeu informações sobre Álvarez foi em março, quando a ditadura sandinista publicou fotos dele ao lado de seus irmãos durante visita ao presídio onde está encarcerado. Entretanto, para lideranças da Igreja na Nicarágua, como o bispo auxiliar de Manágua, dom Silvio Báez, as imagens foram uma “encenação”.

Publicidade

“Desde março não sabemos sobre seu estado físico, saúde, e também sobre sua saúde mental, porque ninguém que está preso vai estar bem”, afirmou a pesquisadora.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]