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Violência

Psiquiatra fez alerta sobre atirador

O atirador James Holmes, que matou 12 pessoas e feriu 58 durante uma sessão de cinema em Aurora, no Colorado, pode ser condenado à morte | RJ Sangosti/AFP
O atirador James Holmes, que matou 12 pessoas e feriu 58 durante uma sessão de cinema em Aurora, no Colorado, pode ser condenado à morte (Foto: RJ Sangosti/AFP)

Uma psiquiatra que atendia o autor da matança de 12 pessoas em um cinema de Aurora, Colorado, havia alertado seus colegas sobre o comportamento de James Holmes algumas semanas antes da tragédia.

Segundo o canal de televisão ABC News, Lynne Fenton, a psiquiatra que James Hol­­mes consultou no início deste ano na Universidade do Colorado, em Denver, onde ele cursava um doutorado em neurociências, teria repassado suas impressões a vários de seus colegas de um grupo de avaliação do comportamento e de análise de riscos. Mas esta apreciação não foi alvo de acompanhamento, pois na época em que a psiquiatra abordou o tema com o grupo, Holmes já estava deixando a universidade.

De acordo com a reporta­­gem, a Universidade do Colo­­rado não contatou a polícia depois de receber este relatório.

Alguns acreditam que o fato de o autor do massacre ter sido reprovado num exame importante em junho teria sido o detonador para que decidisse passar à ação.

Caderno

A polícia descobriu que Holmes enviou um caderno "cheio de detalhes sobre como ia matar as pessoas" a um psiquiatra da Universidade do Colorado antes do ataque, mas o pacote permaneceu na caixa postal do destinatário sem ser aberto.

"Havia desenhos do que ele ia fazer, desenhos e ilustrações do massacre", afirmou uma fonte policial. Entre os desenhos, havia alguns que mostrava seres humanos com armas de fogo disparando contra outras pessoas.

Ao encontrar o pacote de Holmes, o psiquiatra preferiu não abri-lo e informou a polícia, que foi investigar a correspondência. Não está claro quanto tempo o pacote ficou na caixa postal do psiquiatra e por que não chegou logo a seu destinatário, ou se foi descoberto antes do massacre.

Holmes enfrenta duas acusações de homicídio qualificado para cada uma das 12 pessoas que matou, uma por assassinato deliberado e outra por matar com extrema indiferença pela vida das vítimas.

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