Bagdá (Reuters) Depois de 90 minutos de deliberação, o júri militar responsável pelo caso da soldado americana acusada de torturar presos no Iraque, resolveu aplicar-lhe pena de três anos de prisão. Lynndie England, de 22 anos, que apareceu em fotos puxando iraquianos por coleiras como cachorros, corria o risco de ficar nove anos na cadeia.
A soldado foi declarada culpada segunda-feira de seis das sete acusações apresentadas contra ela. Sua sentença, divulgada terça e confirmada ontem, enfureceu os iraquianos. Eles consideram que a pena seria bem maior se ela fosse condenada por abusos contra norte-americanos.
"Os Estados Unidos deveriam se envergonhar. Isso é a melhor evidência de que os norte-americanos têm dois pesos e duas medidas", disse Akram Abdel Amir, motorista de ônibus aposentado de Bagdá. "Há iraquianos presos sem acusação, só com base em suspeitas. Mas quando se trata de norte-americanos, a questão é totalmente diferente."
Além dos três anos de prisão, England foi expulsa do Exército com desonra. O ex-namorado e pai do filho de England (de 11 meses), Charles Graner, também já foi condenado pelo episódio, a exemplo de outros colegas, e cumpre pena de dez anos.
O abuso cometido no presídio Abu Ghraib, ricamente ilustrado com fotos, provocou um escândalo mundial e agravou o ressentimento iraquiano contra a ocupação norte-americana. Em seu depoimento, England disse que lamentava suas ações, mas continuava sendo uma patriota americana. Ela atribuiu sua postura ao envolvimento a Graner, líder dos abusos, que atualmente está casado com outra mulher e se declarou culpado dos incidentes em Abu Ghraib.
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