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Diplomacia

Putin aceita formar grupo para avaliar a situação da Ucrânia

Multidão na Praça da Independência, em Kiev, protesta contra a ameaça de invasão russa | Konstantin Grishin/Reuters
Multidão na Praça da Independência, em Kiev, protesta contra a ameaça de invasão russa (Foto: Konstantin Grishin/Reuters)
Manifestação nas ruas de Moscou é feita em apoio à intervenção russa na região da Crimeia |

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Manifestação nas ruas de Moscou é feita em apoio à intervenção russa na região da Crimeia

O governo alemão disse que o presidente russo Vladimir Putin aceitou uma proposta feita pela chanceler Angela Merkel para montar um "grupo de contato" com o objetivo de facilitar o diálogo na crise da Ucrânia.

Merkel sugeriu a ideia em uma conversa telefônica durante a qual ela acusou Putin de violar as leis internacionais com a "inaceitável intervenção russa na Crimeia". O porta-voz do governo alemão Georg Streiter disse em comunicado que Putin também aceitou a ideia da criação de uma missão de inquérito.

Já um comunicado do Kremlin disse que Putin defendeu a ação da Rússia contra "forças ultranacionalistas" na Ucrânia e insistiu que as medidas tomadas até agora eram "totalmente adequadas". Durante a ligação telefônica, o presidente russo teria chamado a atenção de Merkel para a "ameaça implacável de violência" contra cidadãos russos e a população de língua russa na região.

O comunicado russo não se referiu especificamente à proposta de Merkel, mas mencionou a necessidade de continuar "consultas tanto bilaterais como no formato multilateral com o objetivo de cooperar para normalizar a situação sociopolítica da Ucrânia".

Ontem, mais cedo, o ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse que a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa poderia ser convidada a instalar uma missão de investigação para determinar o que realmente está acontecendo na Crimeia e no leste da Ucrânia.

Ele acrescentou que um "grupo de contato" envolvendo países europeus e, talvez, as Nações Unidas, juntamente com a Rússia e a Ucrânia poderia ser parte da solução para a crise na região. Streiter disse que o grupo poderia ser conduzido pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, um órgão que inclui 57 países, entre eles, nações da União Europeia e os EUA.

Tensão

Ministro alemão defende a permanência dos russos no G8

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu ontem para os líderes mundiais trabalharem com calma sobre a crise da Ucrânia e defendeu a permanência da Rússia no grupo das oito principais economias do mundo, que permite ao Ocidente falar diretamente com Moscou.

"O formato do G8 é atualmente o único no qual nós no Ocidente podemos falar diretamente com a Rússia", disse Steinmeier à emissora pública ARD. "Devemos realmente desistir deste formato único?"

O secretário de Estados dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou mais cedo que os eventos recentes "lançaram dúvidas sobre a capacidade da Rússia em estar no G8". A Rússia entrou para o grupo em 1998.

Steinmeier pediu mais uma vez para a Rússia evitar a escalada da violência e para mandar suas tropas de volta para suas bases. "É uma situação muito perigosa lá", afirmou.

A Alemanha é altamente dependente da Rússia para suas necessidades de gás natural e é o maior mercado de exportação para a produtora estatal russa de gás Gazprom.

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