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O presidente russo, Vladimir Putin, busca a reeleição nas eleições de março, que podem garantir sua permanência no poder por mais seis anos
O presidente russo, Vladimir Putin, busca a reeleição nas eleições de março, que podem garantir sua permanência no poder por mais seis anos| Foto: EFE/EPA/SERGEI CHIRIKOV

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu nesta quinta-feira (29) que a baixa renda é um dos problemas mais sérios que o país enfrenta e estimou o número de russos pobres em 13 milhões, em seu discurso sobre o estado da nação para as duas câmaras do Parlamento.

Putin disse que a pobreza afeta 9% da população, mas especialmente as famílias com muitos filhos, 30% das quais se encontram nessa condição. "Precisamos trabalhar constantemente para melhorar a qualidade de vida das famílias com filhos e apoiar a taxa de natalidade. Para isso, lançaremos um novo projeto nacional, que será chamado de 'Família'", anunciou.

O chefe do Kremlin, que faz seu discurso duas semanas antes das eleições presidenciais, nas quais busca seu quinto mandato, propôs aos legisladores que o programa de apoio hipotecário para famílias numerosas seja estendido até 2030. "Atualmente, com o nascimento de um terceiro filho, o Estado reembolsa parte do empréstimo hipotecário da família - 450.000 rublos (cerca de US$ 5 mil). Também proponho estender essa regra até 2030".

Putin acrescentou que 50 bilhões de rublos (cerca de US$ 550 milhões) serão alocados para esse fim neste ano. "Há dinheiro para isso", concluiu o presidente, ao enfatizar que o salário mínimo no país deve dobrar até 2030 para o equivalente a US$ 390.

O presidente russo e candidato à reeleição prometeu que, nos próximos seis anos, mais de um trilhão de rublos (cerca de US$ 11 bilhões) serão alocados para o sistema de saúde do país.

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