O presidente russo, Vladimir Putin, fez um agradecimento nesta quinta-feira (27) ao ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, por seu apoio à Rússia durante a invasão à Ucrânia. O agradecimento ocorreu por meio de um telegrama de felicitações enviado ao regime asiático por ocasião do 70º aniversário do fim da Guerra da Coreia (1950-53) - embora, tecnicamente, o conflito continue, já que as duas Coreias nunca assinaram um acordo de paz.
Na mensagem, o Kremlin afirmou que Putin destacou o "firme apoio" de Pyongyang à "operação militar especial" e a solidariedade com a Rússia em questões internacionais importantes.
“Isso confirma nosso interesse e decisão comum de contrariar a política do Ocidente Coletivo, que impede o estabelecimento de uma nova ordem mundial verdadeiramente justa e multipolar”, acrescentou.
Putin frisou na carta que a nova ordem mundial proposta por ele deve ser baseada no "direito internacional, na segurança indivisível e no respeito à soberania e aos interesses nacionais".
Quanto à Guerra da Coreia, recordou "a grande contribuição" dos soldados soviéticos, incluindo pilotos, que lutaram "lado a lado" com os militares norte-coreanos.
Na opinião de Putin, "esta experiência histórica de fraternidade militar" servirá de base para o desenvolvimento da cooperação entre Moscou e Pyongyang nos campos político, econômico e de segurança.
O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Choigu, participou de um grande desfile militar em Pyongyang por ocasião do aniversário do fim da guerra que levou ao nascimento da República Popular Democrática da Coreia.
Na quarta-feira, em uma exposição de armas, Kim mostrou a Choigu mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), os de maior alcance do arsenal do regime comunista, projéteis hipersônicos, lançadores de foguetes múltiplos e novos drones grandes.
A imprensa ocidental acusa o regime norte-coreano de fornecer secretamente a Moscou mísseis e projéteis de artilharia para os combates na Ucrânia.
Por outro lado, o embaixador russo na Coreia do Norte, Alexandr Matsegor, desmentiu esta informação, argumentando que o regime comunista não pode permitir a exportação de armas e munições neste momento, uma vez que se encontra em um estado "praticamente de pré-guerra" com os seus vizinho do Sul e seu principal aliado, os Estados Unidos.
Quando a Coreia do Sul sugeriu a possibilidade de fornecer armas a Kiev há alguns meses, o vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, deu a entender que a Coreia do Norte poderia fazer o mesmo com os militares russos.
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