Depois de um novo ataque russo contra o Estado Islâmico, o presidente Vladimir Putin ameaçou usar armas nucleares contra os militantes do grupo extremista, embora “espere que elas nunca sejam necessárias”.
10 fatos assustadores sobre as bombas atômicas
Se fossem lançadas hoje, baseado na tecnologia de ponta existente, as bombas nucleares provavelmente varreriam boa parte do Japão do mapa, e não apenas duas cidades de porte médio/grande.
Leia a matéria completaEm uma reunião no Kremlin, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, informou ao presidente que um submarino no mar mediterrâneo havia lançado mísseis contra o grupo militante sírio.
Em resposta, o presidente Putin disse que os mísseis lançados pelo mar e pelo ar já se provaram altamente efetivos, enquanto “agora se sabe com certeza que armas de precisão podem ser equipadas com ogivas convencionais e nucleares”.
“Naturalmente, isto não é necessário para lutar contra terroristas e eu espero que elas nunca sejam necessárias”, respondeu o presidente Putin, de acordo com o jornal “Russia Today”.
Shoigu também teria dito que Israel e os Estados Unidos já haviam sido informados sobre os ataques aéreos antes do lançamento das bombas. Mais tarde, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, tentou amenizar a sugestão de que o país usaria armas nucleares contra o Estado Islâmico.
“O presidente disse que não é necessário usar armas nucleares contra terroristas, já que eles podem ser combatidos por meios convencionais. Isso está totalmente alinhado com a nossa doutrina militar”, disse Lavrov.
Novo ataque do EI
Um homem-bomba do Estado Islâmico atacou nesta quarta-feira uma mesquita xiita em Bagdá, no Iraque, matando ao menos 11 pessoas e ferindo outras 20, afirmaram autoridades de segurança iraquianas.
Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Saad Maan, o homem detonou os explosivos na entrada da mesquita enquanto os fiéis estavam saindo depois das orações do meio-dia.
O grupo reivindicou o ataque através de um comunicado divulgado na internet pelos seus apoiadores. O Estado Islâmico tem atacado diversas vezes a maioria xiita do Iraque, que os extremistas sunitas veem como apóstatas.