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tensão no leste

Putin anuncia 40 novos mísseis e ameaça potências ocidentais

 | Sergei Ilnitsky / EFE
(Foto: Sergei Ilnitsky / EFE)

A Rússia vai reforçar seu arsenal nuclear até o fim do ano com 40 novos mísseis balísticos intercontinentais, descritos como “capazes de superar sistemas de defesa mais avançados” pelo presidente russo, Vladimir Putin. O anúncio, feito ontem por Putin, veio depois de os Estados Unidos informarem que pretendem instalar armamento pesado no Leste da Europa, evidenciando a tensão crescente com o conflito entre o Exército ucraniano e forças separatistas pró-Rússia.

“Se alguém ameaçar nossos territórios, deveremos apontar nossas forças armadas, nossos meios modernos de ataque em direção àqueles territórios dos quais procede a ameaça.”

Vladimir Putin, presidente da Rússia.

Diante da reação da Otan, Putin advertiu que, se alguém ameaçar a segurança nacional da Rússia, Moscou não terá outra alternativa senão voltar suas baterias contra os lugares dos quais a ameaça provém. “Se alguém ameaçar nossos territórios, deveremos em consequência apontar nossas forças armadas, nossos meios modernos de ataque em direção àqueles territórios dos quais procede a ameaça”, disse ele ao lado do presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, durante a abertura de um fórum militar em Moscou.

Putin declarou ainda que é “a Otan que se aproxima das fronteiras russas, e não o contrário”.

O líder russo, no entanto, disse que por enquanto não vê razões para medidas drásticas. “Não quero exagerar, analisaremos tudo, mas atualmente não vejo nada que deva nos preocupar muito”, respondeu Putin a uma jornalista finlandesa que expressou a preocupação de seus compatriotas pelo que parece o início de uma nova corrida armamentista e “a demonstração de força militar no Báltico”.

A preocupação internacional, segundo Putin, deveria ser o escudo antimísseis americano em países do Leste Europeu. “Isso sim é um assunto sério de um alcance estratégico”, afirmou o presidente russo.

No sábado, a imprensa americana noticiou os planos dos EUA para posicionar tanques e armamentos pesados em países da Otan ao longo da fronteira russa, incluindo os países bálticos que faziam parte da União Soviética. É a manobra americana mais agressiva na região desde a Guerra Fria.

Moscou repudiou a medida na segunda-feira e alertou que a Rússia iria retaliar se os EUA insistissem em levar o plano adiante. O ministério das Relações Exteriores russo acusou o governo americano de alimentar a tensão e os medos de seus aliados e de usar o conflito na Ucrânia para expandir sua presença na Europa.

A tensão entre a Rússia e as potências ocidentais reacenderam diante do papel de Moscou na crise na Ucrânia. O governo russo é acusado de apoiar os separatistas que lutam contra as forças de Kiev.

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