O ditador da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (19) que as Forças Armadas receberão neste ano quase dez vezes mais drones do que em 2023, quando foram produzidos cerca de 140 mil dispositivos não tripulados.
"No total, em 2023 as Forças Armadas receberam cerca de 140 mil dispositivos não tripulados. Neste ano está planejado multiplicar a produção, para ser preciso, em quase dez vezes", anunciou o chefe do Kremlin durante uma reunião da comissão da indústria militar, em discurso transmitido pela televisão estatal.
Putin, que admitiu após o início da invasão na Ucrânia que as Forças Armadas sofriam de uma escassez crônica de drones, enfatizou que Moscou também expandirá a produção de "sistemas não tripulados" e que "drones náuticos" também estão sendo produzidos.
Depois de visitar uma grande empresa de fabricação de drones em São Petersburgo, o líder russo enfatizou que "a maior parte dos drones será enviada para a linha de frente" para proteger a vida de militares e armas, mas também de civis e da infraestrutura civil.
"Precisamos atender plenamente às necessidades das Forças Armadas", afirmou, propondo o uso de inteligência artificial, já que a tecnologia muda "quase toda semana", o que dará às unidades russas uma vantagem contra o adversário.
Putin também projetou que, até 2030, 48 centros de elaboração e produção de drones serão instalados em diferentes regiões do país. "A principal tarefa é produzir uma ampla gama de veículos aéreos não tripulados e estabelecer a produção em série desses equipamentos avançados o mais rápido possível".
Nesta quarta-feira (18), a Ucrânia lançou um ataque com drones que atingiu um arsenal de mísseis, munição e bombas aéreas na região russa de Tver, a menos de 200 quilômetros de Moscou, algo que Kiev já tinha feito no passado em campos de aviação e depósitos de combustível.
Além disso, drones náuticos ucranianos forçaram a frota russa do mar Negro a retirar parte de seus navios da península anexada da Crimeia.
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