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Vladimir Putin, pronunciamento
Ao menos 115 mortos já foram contabilizados na casa de shows Crocus City Hall. A TV estatal russa fala em mais de 140. Putin se pronunciou na televisão.| Foto: Reprodução/Sputnik News

O ditador da Rússia, Vladimir Putin, condenou neste sábado (23) o que descreveu como "bárbaro" atentado terrorista a uma casa de espetáculos na região de Moscou na sexta-feira, que resultou em ao menos 115 mortos (ou mais de 140, de acordo com a TV estatal), e prometeu vingança contra os responsáveis pelo massacre, que foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

"Todos os autores, organizadores e os que se encarregaram deste crime receberão um merecido e inevitável castigo, não importa quem sejam, e independentemente de quem os enviou", declarou Putin em discurso televisionado.

Putin não especulou sobre os autores do ataque, embora tenha mencionado que os quatro terroristas detidos tentaram fugir pela fronteira ucraniana.

"Terroristas, assassinos e bestas, que não têm e não podem ter uma nacionalidade, têm um destino sombrio à sua espera: vingança e esquecimento. Eles não têm futuro", comentou.

O mandatário lembrou que os russos conhecem de primeira mão da ameaça terrorista, referindo-se aos ataques perpetrados anos atrás por radicais islâmicos no Cáucaso.

"Estamos ansiosos para cooperar com todos os países que sinceramente compartilham de nossa tristeza e estão prontos, na prática, para unir forças na luta contra o inimigo comum, o terrorismo internacional em todas as suas manifestações", anunciou.

O líder russo enfatizou que as autoridades decidiram intensificar as medidas antiterrorismo na capital do país e na região adjacente de Moscou, onde ocorreu o incidente.

Ele também anunciou que domingo será um dia de luto nacional pelo maior ataque terrorista do país desde o massacre de Beslan em 2004, que matou mais de 300 pessoas.

Ao menos 115 pessoas foram mortas no ataque de sexta-feira à casa de concertos Crocus City Hall, na cidade de Krasnogorsk, de acordo com o Comitê de Instrução da Rússia.

O governador da região de Moscou, Andrey Vorobyov, disse ter visitado o local da tragédia e alertou que o número de mortos "aumentará consideravelmente" à medida que as tarefas de busca e resgate continuarem.

Segundo investigadores russos, as mortes na casa de espetáculos ocorreram por ferimentos a bala e asfixia pela fumaça do incêndio provocado pelos agressores.

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