Para Putin, um ataque à Síria vai impulsionar o terrorismo| Foto: Maxim Shemetov/Reuters

Em artigo publicado ontem no jornal The New York Times, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou os EUA pela defesa de uma intervenção militar na Síria e afirmou que um ataque ao país desencadeará uma "nova onda de terrorismo" e poderá expandir o conflito para "muito além" das fronteiras sírias.

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Principal aliado do regime de Bashar Assad, com poder de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Putin disse ter escrito o artigo para "falar diretamente ao povo americano e aos seus líderes".

O presidente russo citou a criação das Nações Unidas após a Segunda Guerra (1939-1945) para argumentar contra a ideia do presidente americano, Barack Obama, de atacar a Síria sem aval da entidade.

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"Os fundadores da ONU entendiam que as decisões relativas à guerra e à paz só poderiam ser tomadas por consenso", escreveu Putin. "Não queremos o mesmo destino da Liga das Nações [organização anterior à ONU, que falhou em evitar a Segunda Guerra]. Isso é possível se países influentes ignorarem a ONU e empreenderem ações militares sem a autorização do Conselho de Segurança."

O líder da Rússia afirmou não estar protegendo o regime de Assad, e sim "a lei internacional". Para ele, a guerra civil síria não tem a ver com democracia, "é um conflito armado entre governo e oposição em um país multirreligioso".

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