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O homem forte da Rússia, o primeiro-ministro Vladimir Putin, criticou nesta segunda-feira o posicionamento do Ocidente sobre a Síria, e alertou contra atraques ao Irã em um artigo publicado em meio a seu provável retorno à presidência do país, como apontaram as pesquisas deste fim de semana.

O tom agressivo das mensagens de Putin repetiu as batalhas diplomáticas travadas quando ele era presidente do país, de 2000 a 2008, e só pode gerar preocupações sobre o quatro político da Rússia, com a possível volta de Putin ao Kremlin nas eleições de domingo, para um mandato de seis anos.

O atual premiê defendeu fortemente a decisão de Moscou de se juntar à China no veto de duas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que condenam o regime sírio por sua repressão aos opositores.

Ele acusou o Ocidente de não "ter paciência de trabalhar em um mundo ajustado e equilibrado". De acordo com o artigo, o Ocidente deveria exigir que as forças de resistência cessassem fogo e que retirassem seus homens de cidades "nevrálgicas", a exemplo de Homs.

"Parece-me que em países que passaram pela 'Primavera Árabe' - assim como já havia ocorrido no Iraque - a Rússia perdeu sua posição nos mercados locais, os quais tinham sido cultivados por décadas", disse Putin. "Creio que esses eventos trágicos foram, de certa forma, estimulados, não pela preocupação com a preservação dos direitos humanos, mas por interesses de algum mercado", acentuou o premiê.

Ele alertou também que um ataque ao Irã, em virtude de seu controverso programa nuclear, "pode gerar consequências catastróficas". As informações são da Dow Jones.

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