O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (16) que é necessário uma dura repressão policial contra o extremismo, e alertou que as críticas 'liberais' ao seu governo ameaçam a estabilidade.
'É necessário reprimir duramente as demonstrações de extremismo de todos os quadrantes', disse Putin em uma sessão anual de perguntas e respostas, depois de incidentes violentos ocorridos nesta semana em Moscou entre nacionalistas russos e minorias não-eslavas.
A polícia mobilizou reforços na capital e prendeu mais de mil pessoas, tentando evitar mais violência. O presidente Dmitry Medvedev qualificou os incidentes da semana passada como 'pogroms'.
Mas Putin também lançou farpas contra a oposição liberal, dizendo que suas críticas são tão 'inadmissíveis' quanto os distúrbios racistas.
'A sociedade, inclusive a sociedade liberal, precisa entender que deve haver ordem e deve haver apoio ao governo atualmente no poder, a fim de apoiar os interesses da maioria', afirmou.
Putin, de 58 anos, ex-agente da KGB, é o político mais popular do país e pode ser candidato a presidente em 2012, voltando ao cargo que já ocupou de 2000 a 2008.
Muitos o veem como fiador da estabilidade russa depois da caótica década de 1990, mas críticos dizem que suas políticas reverteram avanços democráticos do período pós-soviético -- o que se reflete, por exemplo, na repressão a qualquer manifestação pública de dissidência, como os como os comícios organizados por ativistas liberais.
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