No dia em que o Brics ganha oficialmente cinco novos membros, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que cerca de 30 países estão dispostos a aderir ao bloco “de uma forma ou de outra”. A declaração foi feita em uma mensagem por ocasião do início da presidência temporária da Rússia no grupo, que passa a incluir dez Estados a partir desta segunda-feira (1ᵒ).
O bloco político e econômico Brics era até então formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e, neste primeiro dia do ano, passa a contar oficialmente com Irã, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Etiópia e Egito.
“Esta é uma demonstração convincente do crescente prestígio do grupo e do seu papel nos assuntos mundiais”, destacou o presidente russo ao comentar a incorporação dos novos países ao bloco de economias emergentes. A expectativa era que a Argentina também passasse a fazer parte do grupo, plano fomentado pelo Brasil junto à China que foi frustrado pelo recém-empossado presidente argentino, Javier Milei.
Putin assegurou que os Brics atraem cada vez mais Estados que partilham o desejo de criar "uma ordem mundial multipolar e um modelo justo do sistema financeiro e comercial global" e estão empenhados na "busca de soluções coletivas para os problemas mais prementes do nosso tempo”.
“Tomaremos todas as medidas possíveis para garantir que, preservando as tradições e guiados pela experiência acumulada pelo grupo nos anos anteriores, facilitaremos a integração harmoniosa de novos participantes em todos os formatos das suas atividades”, frisou.
Além disso, Putin destacou que durante a presidência da Rússia “será levada em consideração a disposição de muitos outros países, e há cerca de três dezenas deles, de aderir aos Brics, à sua agenda, de uma forma ou de outra”.