O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (25) que os ativistas do Greenpeace presos por conduzir um protesto na primeira plataforma de petróleo da Rússia no Ártico violaram a lei internacional, mas sinalizou que não devem ser acusados de pirataria.
O navio dos ambientalistas foi confiscado e rebocado para a costa russa na terça-feira, após dois dos ativistas terem tentado escalar a plataforma em protesto contra os planos da Rússia de realizar perfurações no Ártico em busca de petróleo, o que dizem ser uma ameaça ao frágil ecossistema da região.
Os 30 ativistas a bordo do navio, incluindo uma bióloga brasileira, seriam interrogados nesta quarta-feira, disse o Greenpeace, um dia após investigadores russos terem aberto um caso criminal de suspeita de pirataria, um crime que pode levar a até 15 anos de prisão. "É absolutamente evidente que eles não são, claro, piratas, mas sob um aspecto formal estavam tentando invadir esta plataforma... É evidente que essas pessoas violaram a lei internacional", disse Putin em um fórum sobre o Ártico.
A Rússia se preocupa que tais protestos possam afetar as tentativas de atrair investimentos estrangeiros para seus esforços de extrair os ricos recursos encontrados no Ártico.
O Greenpeace disse que as detenções violaram a lei internacional. A Rússia afirma que o protesto na plataforma de petróleo da Gazprom violou a soberania do país.