O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (24) que não tinha “outra escolha” senão atacar a Ucrânia para defender seu país de “ameaças à segurança”.
“Deve ficar claro: as coisas que estão acontecendo são uma medida forçada”, afirmou Putin em uma reunião com empresários no Kremlin. “Eles simplesmente não nos deixaram escolha”, acrescentou.
O presidente russo, que ordenou o ataque por volta das 6h (horário local), disse que “os riscos de segurança são tais que era impossível responder por outros meios”, referindo-se à recusa dos Estados Unidos e da Otan em conceder à Rússia garantias de segurança vinculativas nas quais se comprometeriam a não estender a aliança militar mais a leste, ou seja, a não incluir a Ucrânia e a não instalar armamentos ofensivos perto das fronteiras do país.
“Repito: é um passo que fomos obrigados a dar, porque eles (no Ocidente) poderiam criar tais riscos para nós que não está claro como nosso país poderia continuar a existir”, frisou.
Dezenas de pessoas foram presas nesta quinta-feira, em Moscou, em diferentes protestos contra a guerra da Rússia na Ucrânia, segundo portais de notícias locais.
De acordo com o portal independente Meduza, os protestos também foram organizados em outras cidades russas, onde também ocorreram prisões.
Só na capital russa, cerca de 700 pessoas participam do ato contra a operação russa na Ucrânia, relata o portal, que atua com o status de “agente estrangeiro” no país. Os manifestantes marcham pelas avenidas centrais da capital gritando “Não à guerra”.
Entre os presos em Moscou pela manifestação contra a guerra na Ucrânia estão a ativista Marina Litvinovich e o diretor de teatro Yevgeny Berkovich.
As autoridades russas advertiram contra a organização de ações em massa não autorizadas, dizendo que a violação da lei pode levar a várias punições, incluindo responsabilidade criminal.
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